terça-feira, 18 de setembro de 2007

Renan, julgamento entre amigos.



Após meses de troca de acusações e uma grande expectativa, primeiro se Renan Calheiros renunciaria a presidência do senado ou se deixaria as coisas acontecerem naturalmente até o veredicto final dado pelos seus próprios pares sobre sua cassação ou é claro sua absolvição. Nesse contexto todo, foi a segunda opção que funcionou e na tarde de 12 de Setembro de 2007 o senador foi absolvido das no julgamento que decidiria se permanecia ou não assumindo o cargo de senador e presidente do senado. Por 40 votos pró-Renan e 35 contra sua permanência e 06 abstenções Renan, foi declarado absolvido pelos colegas e assim vai continuar exercendo a função de senador outorgada pelos alagoanos. Renan foi eleito pelo PMDB e tem uma extensa participação na política, porem com uma confusão desse tamanho qual esteve envolvido é um fato novo na sua carreira política.



Analisando os fatos.

Que foi uma vergonha, Sem dúvida! Uma pizza que o povo brasileiro terá que novamente engolir, Com certeza! e tantos outros comentários ouviremos a respeito deste episódio trágico para imagem do Brasil, você lembra que foram exatamente votações importantes que originaram o mensalão, ou pelo menos a versão da concepção daquela outra vergonha que o país teve que passar e que ainda está sofrendo até hoje em função daquela situação. Imaginemos que alguns senadores que por longas datas de suas carreiras históricas estiveram ao lado daquilo que tinham como correto e que seguiram como princípio de vida agora por determinação palaciana ou mensaleira preservou Renan no Senado. Porque cassá-lo seria contrariar interesses da base governista, agora da para entender a frase “o poder corrompe o homem” outros dizem que “o homem corrompe o poder”, mas em fim um fato é certo! Políticos que pousavam como estruturas da ética e da moral estiveram ladeira a baixo com suas declarações infelizes tentando justificar seus votos ou abstenções. Assistir o senador Aluísio Mercadante (PT) explicar que se absteve porque não achou conclusivo o relatório que pedia a cassação de Renan, foi uma decepção, nos fazem lembrar do mesmo Mercadante aguerrido, sério idealista que bravamente lutou para consolidar a democracia no Brasil pedindo a cassação de Fernando Collor de Melo, e hoje o senador prima pela vergonha de dar a nação uma nova versão para a cooptação que levantou como espada de luta. E para salvar os camaradas sem meter a mão na massa e ir para a guerra, só para irritar a base de governo do qual faz parte, e nem deixar para a sociedade a impressão de que não teve nada haver com isso, se Renan vai continuar, Mercadante não teve participação nisso! Ora seu voto poderia ser um dos 41 de que se precisava para que este País pudesse passar a limpo uma história de vergonha a que vem submetendo os Brasileiros. Algo que me chamou atenção foi o que disse o Senador José Agripino (DEM) na seção do Senado no dia seguinte “é diferente ser bom e ser justo”. Os seis parlamentares que se abstiveram não foram nem bons e muito menos justos acho que endividados ou pusilânimes para com a nação seria o menos que poderíamos lhes atribuir. Mas a grande lição é a certeza de que a virada de mesa com parlamentares que na oposição pregavam ética moral e tantos outros conceitos de princípios e que hoje envergonharam o Brasil. No mínimo tiveram um esquecimento daquelas virtudes. Até quando o Brasil vai suportar esses parasitas da política, agora declarados que de idealistas apenas se mascaravam.

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